segunda-feira, 30 de junho de 2025

Grande Herói Marvel


James Charles “Jim” Shooter
(1951 - 2025)

Herói para muitos, desafeto para outros tantos. Se foi o grande Jim Shooter, figura única e histórica no mercado dos quadrinhos. E alguém com o qual o público mainstream tem uma dívida eterna.

Iniciando a carreira com inacreditáveis 13 anos, Shooter roteirizou Superman, Superboy e a Legião dos Super-Heróis nos anos 1970 para a DC, teve passagens pela Dark Horse e por várias pequeninas, além de fundar a Valiant, a Defiant e a Broadway Comics. Mas, claro, seu grande momento foi como editor-chefe da Marvel no período 1978-1987. As circunstâncias, da entrada à saída, mereciam uma série à parte sobre os bastidores da indústria. Editor linha-dura, Shooter não era fácil, mas foi quem salvou a Marvel da falência antecipada.

Para qualquer um que começou a ler gibis da editora nesse período, Shooter foi formador de caráter. Mesmo que por tabela. Em sua administração, a safra foi imbatível: os X-Men de Chris Claremont/John Byrne, o Demolidor de Frank Miller, o Thor de Walt Simonson, o Quarteto Fantástico de John Byrne, o Homem-Aranha de Roger Stern, os Vingadores dele mesmo e por aí vai até hoje nos desdobramentos cronológicos que valem.

Também houveram as picaretagens (lucrativas) de Guerras Secretas e (fracassadas) do Novo Universo, que, para o bem ou para o mal, mantiveram a marca Marvel em evidência. Faz parte. É business.

No meu caso, aprendi a ler com gibis da Marvel justamente na gestão Shooter. Simples assim.

Herói, sem dúvida.


Thank you for everything, Jim Shooter!

sábado, 21 de junho de 2025

De volta à terra prometida


Extermínio 3: A Evolução (28 Years Later, 2025) evidencia em cada frame o quarto de século que o separa do filme original, que hoje pode ser considerado um clássico de gênero sem dor na consciência. Ao mesmo tempo, oferece toda a cortesia e reverência ao tropo que fez daquele microcosmo um lugar tão fascinante. O diretor Danny Boyle e o roteirista Alex Garland reformam sua parceria naquilo que vinha sendo cozinhado desde 2007 – e que, tenho certeza, foi adiado deliberadamente até que a punchline dos títulos se alinhassem com a passagem do tempo do lado de cá da telona. Uma piscadela para os espectadores mais resilientes, mas também um abacaxi gigante de expectativa para dar conta.

Algo para se ter em mente antes da experiência do filme, é que o tempo passou também para a dupla. O Boyle 2020 é um diretor diferente daquele dínamo de urgência cinética que entregava estética e narrativa punk para as massas. A energia ainda está lá, porém calculada e compartimentalizada, quase ferramental, sempre servindo a um propósito que não o gore puro e simples.

Quem espera aquela carga de tripas, vísceras e um vomitório de sangue infectado, vai receber. Mas não em um trem desgovernado.

A retomada da dupla está em sintonia fina. Como no 1º filme, a base da trama é uma mistura de drama familiar com o terror à espreita num bucólico cenário rural. Boyle não economiza nos experimentalismos visuais cruzando metáforas históricas com o mythos da franquia, criando uma sensação perturbadora e incômoda. Em certos momentos, chegam a remeter aos recortes psicóticos de Oliver Stone no filme Assassinos por Natureza (1994). Tudo isso no bom sentido.

Em contrapartida, é bom retornar a um inferno conhecido, com a trilha sonora do grupo Young Fathers seguindo a pegada instrumental drone/post-rock eternizada pelo compositor John Murphy. Não existe no cinema uma trilha mais estilosa e tensa para cenas com zumbis/infectados raivosos. É de empenar os braços da cadeira com a ponta dos dedos.


A cena de abertura segue a tradição da série em fazer o espectador assistir ao resto do filme sob o mais absoluto TEPT. Os Teletubbies finalmente foram ressignificados. A sequência não deixa nada a dever ao Boyle raiz e nem à chocante intro que Juan Carlos Fresnadillo dirigiu em Extermínio 2.

A história central é conduzida por Jamie (Aaron Taylor-Johnson), sua esposa enferma Isla (Jodie Comer) e seu filho de doze anos, Spike (Alfie Williams). A família reside em uma pequena comunidade estrategicamente isolada que conseguiu funcionar dentro da quarentena imposta ao devastado Reino Unido.

Numa surpreendente boa atuação de Taylor-Johnson, Jamie é um dos caçadores e escavadores mais experientes do lugar. Orgulhoso e paternalista, ele visa o mesmo destino para Spike e o inicia em sua 1ª saída fora da comunidade, dois anos antes da idade mínima recomendada pela tradição local. Após uma experiência aterradora, Spike se vê diante de algo ainda mais alarmante: a piora no estado de saúde de sua mãe, que sofre de uma doença desconhecida. E justamente lá fora pode estar a única chance de cura, na figura do misterioso e recluso Dr. Kelson, personagem do grande Ralph Fiennes.

Felizmente, o roteiro de Garland não ignora os eventos catastróficos que pontuaram o filme anterior. Pelo contrário, lida sobriamente com todas aquelas nuances da cronologia e vai (muito) além, expandindo o conceito original para níveis inéditos até então. No filme, o status quo dos infectados andou um bom pedaço nesses 28 anos. A tela ferve de tantas possibilidades.

O que é uma faca de dois gumes para Extermínio 3.

☣️ ☣️ ☣️ SPOILERS ☣️ ☣️ ☣️

Um dos aspectos mais marcantes dos dois primeiros filmes é o protagonismo à toda prova do vírus. Ainda mais do que os próprios raivosos, que já no filme original apresentavam indivíduos moribundos, sofrendo de inanição severa ou simplesmente mortos e empilhados em algum canto. O perigo maior sempre foi a da infecção, mesmo pelo mero contato com uma gotinha furtiva de sangue contaminado. Sua ameaça paira sobre os personagens como uma nuvem negra pronta para ferrar com tudo. Invisível e onipresente, o vírus é o grande vilão da série.

Em teoria, era só aguardar uns meses até todos morrerem de fome e fazer uma cuidadosa faxina na base do lança-chamas – o que não deu lá muito certo no segundo filme. Em Extermínio 3 tampouco, visto que os infectados desenvolveram um senso primitivo de sobrevivência. Entre uma e outra regurgitada de sangue infecto, eles passaram a caçar em bandos para se alimentar. Fora isso, uma variante do vírus causou uma mutação mastodôntica em alguns infectados, em que o "vírus age como esteróides", segundo um personagem. Os chamados Alfas são infectados bombados com mais de dois metros de altura, uma rola do tamanho do Peter Dinklage e muito difíceis de matar.

E fica pior.

Os infectados agora conseguem acasalar e procriar. O resultado ainda é incerto, já que o filme apresenta o que pode ser o 1º nascimento do tipo. Aqui, a bebê em questão está aparentemente saudável, sem sinais da infecção raivosa – o "milagre da placenta", como define o Dr. Kelson. Porém, ainda pode ser a hospedeira do vírus inativo (lembra da sofrida heroína de Extermínio 2?). A ver... embora tenha certeza que já vi.

Zack Snyder, ele mesmo, já bateu nessa tecla não apenas uma, mas duas vezes – no remake Madrugada dos Mortos (2004) e em Army of the Dead: Invasão em Las Vegas (2021). Tanto na questão do "bebê zumbi" quanto na dos "super-zumbis Alfas". Visionário, enfim!

Em tempo... Há uma teoria se espalhando raivosamente pelo Reddit na qual o austero Dr. Kelson é o criador do vírus, daí seu comportamento peculiar. Tese interessante, embora contradiga o curta de "quadrinhos animados" 28 Days Later: The Aftermath - Stage 1 escrito por Steve Niles e constante nos extras do DVD do 2º filme (e, portanto, canônico?). Sempre haverá o que se explorar aí, de qualquer forma.

Mais uma amostra das sampleadas marotas de Boyle e Garland: a introdução de Jimmy e sua gangue. No contexto daquele cenário pós-apocalipse zumbístico, Jimmy assume contornos de um Negan (The Walking Dead), liderando um grupo de combatentes e espalhando sua lenda urbana pelas terras arrasadas. Sutileza passa longe.

Aliás, que puta choque estético e sonoro naquele final. 45% Warriors, 45% Laranja Mecânica e 10% vamos-ver-no-que-vai-dar-no-próximo-filme.


☣️ FIM DOS SPOILERS ☣️



Com atuações marcantes da excelente Jodie Comer, do veterano Fiennes e, especialmente, do jovem Alfie Williams, Extermínio 3 é um animal diferente do tour de force de ação & gore dos filmes anteriores. Isso não há o que discutir. No final das contas, se aproxima de um coming of age pós-apocalíptico (e foi impossível não lembrar do curta aussie I Love Sarah Jane, de 2008), por vezes gratificante, por vezes tocante, quase sempre apavorante. Como a própria chegada da idade, por assim dizer.

Mesmo com suas idiossincrasias, Extermínio 1 e 2 mantiveram a alta octanagem como força motriz de suas narrativas. A sensação que eles transmitem é a mesma (deve ser, porra) de participar de um torneio de roleta russa. Extermínio 3 (28 Years Later, porra²) mantém essa qualidade inata, embora divida sua atenção com planos mais abrangentes, mais ambiciosos. O final intrigante e escancarado não deixa dúvidas de suas intenções.

Não por acaso, a continuação 28 Years Later: The Bone Temple foi filmada simultaneamente, com previsão de estreia em janeiro de 2026. Danny Boyle deixa a casa toda desarrumada e a bola da vez está com a cineasta Nia DaCosta. Te vira aí, minha filha.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

SemanAlien

Abrindo e fechando a semana com os ETs babões. Faz bem pra alma.


Esse Alien: Earth da joint venture Hulu-FX-Disney+ parece lindo, cheio de possibilidades e, mais importante, sem medo da classificação etária. Só não me agrada essa coisa de "super-humanos" num mythos que nos confronta com nossos medos e fragilidades enquanto humanos.

Fora isso, tenho lá minhas reservas sobre ser um prequel do clássico de 1979. Mas parafraseando o Anton Ego, "me surpreenda!"

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Na segunda-feira, ninguém pode te ouvir gritar

As segundas-feiras não são fáceis na nave mineradora Thanatos. Aliás, um nome bem apropriado...


O curta-fan film-animê Alien: MONDAY foi escrito por Paul Johnson, que também co-dirige com Claudia Montealegre. A trama em si é um compacto dos perrengues enfrentados pela tripulação da Nostromo, ilustrando como um problema aparentemente simples de ser resolvido pode ficar bem complicado. As situações são bem sacadas, assim como as referências – até mesmo a cenas deletadas do Alien de 1979.

E um detalhe do bem: a animação foi criada digitalmente, mas sem uso de IA. Com a benção de São HAL 9000.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

A vingança do colecionador

Lembra quando você, leitor velhusco, amargava fases de pindaíba e tinha que se sujeitar à sanha gananciosa dos donos de sebo se desfazendo de seus preciosos livros e gibis a preço de banana? Informo que você tem algo em comum com o Alan Moore. Regozijai-vos!





Metáfora ao establishment editorial, crítica ao mercantilismo desenfreado da arte, à desumanização do capitalismo neoliberal, etc...? Nah.

Só gosto de pensar que todos aqueles mãos de vaca aos quais vendi gibis (e discos) quase de graça um dia encontraram a sua Tomb of Torture #27...

Ps: vi na Eagle Magazine, edição de 12 de junho de 1982.

domingo, 25 de maio de 2025

Tenha uma boa jornada, Escritor


Peter Allen David
(1956 - 2025)

Não foi exatamente uma surpresa, mas receber a notícia foi como ser atropelado. A família, lógico, está arrasada. Certeza que gerações de admiradores mundo afora também. Estamos todos na mesma página. Se foi o Peter David.

O fato de ser um dos escritores mais produtivos e aclamados dos quadrinhos mainstream dos últimos 40 anos (se contar, pelo menos, de A Morte de Jean DeWolff pra cá) gerou um nível de adoração que já está repercutindo em incontáveis depoimentos e eulogias pela rede neste exato momento. Merecidíssimo. Em vida, o homem já era uma lenda.

A versatilidade de David era algo que beirava o incomparável. Seja na Marvel, na DC, em seus trabalhos icônicos no Incrível Hulk, Supergirl, X-Factor, Aquaman, Fantasma, Homem-Aranha, A Torre Negra, nas novelizações de filmes, os elogiados trabalhos no Universo Star Trek, Babylon 5 e vários outros – incluindo aí os gibizinhos infantis da A Pequena Sereia. Até onde li, sempre buscando exaltar a dramática, cômica, trágica, altruísta e falha condição humana em meio aos mais fantásticos e esdrúxulos cenários ficcionais.

Esse era o seu maior superpoder: o de sempre colocar a pessoa em primeiro lugar. Uma delícia de ler e uma inspiração para a vida.

Thank you for everything, Peter David!

Vai demorar para o sensorial voltar ao lugar.

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Esculachando o sistema por dentro



Not Brand Echh #11, dezembro de 1968

Marie Severin era impagável.

Ainda funciona à perfeição, tanto pra Marvel e DC quanto para o quadrinista indie ralando para sobreviver nessa eterna guerra civil brasileira.

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Homem e Super-Homem


Gosto da humanização e da visão sem restrições – é o Universo DC ali, transposto para a tela. Não gosto de estouradinhos e aparentemente teremos dois no filme, Lex Luthor e o próprio Superman.

Mesmo nas questões mais espinhudas, deveriam sempre se perguntar: o que Jesu... Christopher Reeve faria?

Por hora, sigo na torcida...


Na torcida para que esta velha manchete se converta em algo bem real e não apenas mais uma fake news.

Ps: a Engenheira bastante descaracterizada... então pra quê?
Pps: argh, detesto celulares!

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Fantasma 0800


De volta ao diário da selva: sábado último (3) rolou o Free Comic Book Day, tradicional evento que visa revitalizar o hábito da leitura (e o hábito da compra) através da distribuição de gibizinhos na faixa para a galera. Em sua maioria, são quadrinhos-promo produzidos especificamente para o dia, não aquela superedição de luxo com lombada redonda, corte trilateral, fitilho e hot stamp de ouro 18 quilates.

No Brasil, que surpresa, essa prática não pegou, embora contabilize alguns exemplares de brinde em meus alfarrábios. Lá fora, com a bolha há muito estourada, a coisa continua de vento em popa e mais necessária do que nunca. Todos os big players participam.

Como esperado, não há nada muito relevante acontecendo nessas obras em termos cronológicos. Intros, interlúdios e curtas fechados são o padrão, mas isso não significa limitação criativa. Neste sentido, The Phantom #0, da Mad Cave Studios, foi um dos mais divertidos que li na FCBD 2025.

O que não é difícil em se tratando do legendário Fantasma. Com capa-chamariz do indefectível Greg Smallwood e um absoluto respeito pelo legado, a edição foi deveras bem produzida. Tenho certeza que até o criador Lee Falk ficaria orgulhoso.

Segundo o roteirista Ray Fawkes (xará do Moore, um dos nomes mais importantes na trajetória do personagem), a pesquisa para este início foi um mergulho nas antigas tirinhas e histórias clássicas. A ideia era uma volta às raízes simplistas, aventureiras e descomplicadas, mas com um verniz atualizado. Uma estratégia que, provavelmente, explica a impressionante longevidade comercial do herói, que no ano que vem completará 90 escaldantes primaveras.

Ou seria mais alguma artimanha de autoperpetuação do Espírito-que-Anda?

O "novo" tratamento geracional, mais um, soa ainda mais adequado pela indie Mad Cave – qualquer semelhança com a Caverna da Caveira é bacana pra caralho. A editora fundada em 2014 é notória por seu trabalho em busca de novas caras, além do extenso catálogo de novos títulos. Mas também licencia medalhões como Flash Gordon e Defensores da Terra da mesma King Features Syndicate do Fantasma, além de contemporâneos consagrados como Dick Tracy. Um raro know-how do clássico e do novo, portanto.

Geralmente espero uns dias até que os títulos da FCBD estejam disponíveis nas melhores, hm, importadoras. Dessa vez, resolvi comprar o gibi online pelo módico preço de 0,00 dólares americanos (sem tarifa). É mais divertido. Colocaram até em pré-venda na Amazon!


Com 22 páginas, fora capas e calhau, este #0 é até encorpadinho. A arte é do talentoso Russell Mark Olson, aqui um meio-termo entre Goran Parlov e Bruce Timm. O roteiro poderia ter recorrido a qualquer um dos inimigos tradicionais, como o General Bababu, o Barão Grover ou até a Irmandade Singh, mas ao invés disso aposta no suspense, funcionando quase como um thriller da selva.

A história abre com o 21º Fantasma na Sala das Crônicas registrando mais uma noite de vigilantismo pelas selvas de Bangalla. Cruzamento perfeito para a narração em off acompanhar o herói na trilha de um grupo de poachers – que, na minha humilde e muito cristã opinião, merecem um inferno pior que o dos nazistas. O texto de Fawkes, no entanto, não se rende a obviedades e desenvolve o cenário de maneira classuda e instigante.

E inclusive confronta o Fantasma com os aspectos sociais daquela atividade ilegal, algo realmente inesperado. No final, após uma breve e espirituosa participação da (Srta.?) Diana Palmer, o roteirista ainda crava aquele cliffhanger maroto.

Os caras são bons. Tomara que a Mad Cave Studios dê o sinal verde para a continuidade do título.


O Espírito-que-Anda está andando em excelente companhia.

domingo, 4 de maio de 2025

Feio, forte e metal

A única IA que eu chamaria para tomar uma cerveja.


Esperei até os 49 do 2º tempo da pré-venda com desconto. A alteração da capa nesta reedição me travou (queria a anterior, por motivos de obsessão), mas no final das contas acabei preferindo a nova. É mais bacana mesmo.

Segundo o pessoal da Comix Zone, essa reimpressão é o pé na bunda do clássico de Tanino Liberatore e Stefano Tamburini na editora. Isso vai contra o conceito antigo e até meio romântico de quadrinhos adultos em edições caprichadas voltadas para o público que frequenta livrarias em vez de bancas e que por isso sempre estarão em estoque. A ideia era promissora quando se popularizou, lá pelo meio da década de 1990. E até funcionou por um tempo. Só duas pedrinhas no meio do caminho: bancas e livrarias nos estertores e a internet. Compre agora ou já era – como aconteceu comigo naquela 1ª edição. Ou pior.

Com a "modernidade", ficamos todos nivelados. Por baixo.